Reviews - Junho (Parte 2)

The Butterfly Raiser (Bare Infinity)
(2017, Blackdown Music)
Bare Infinity – mais um nome a juntar à lista dos imensos que tenta a sua sorte na competitiva cena do metal sinfónico de vozes femininas, assim na linha de Nightwish, Edenbridge ou Epica. E The Butterfly Raiser, segundo longa-duração dos gregos, mostra-nos uma excelente voz, com um belíssimo timbre, perdida num oceano de ideias e fórmulas já utilizadas até à exaustão. A inclusão de coros e elementos éticos/folk tenta mudar esse destino, mas são utilizados de forma pouco consequente e sem o necessário arrojo. Ainda assim, a primeira metade do disco é suficientemente apelativa para chamar a atenção do ouvinte. Infelizmente, a segunda metade decai drasticamente. Este é um disco que se tivesse menos 3 ou 4 faixas melhoraria significativamente. (4.9/6)


Manifestation (Midnight Rider)
(2017, Massacre Records)
Com membros de outras bandas (Metalucifer no Japão e Metal Inquisitor na Alemanha), os Midnight Rider são um abanda de culto que se estreia com Manifestation. Analógico e orgânico, Manifestation, recria o heavy metal dos anos 70 e 80, de bandas como Judas Priest, Black Sabbath, Iron Maiden, Kiss ou Thin Lizzy. No entanto, Manifestation é um disco repetitive e monótono, salvo por alguns riffs mais ousados, algumas mudanças rítmicas mais interessantes e por algumas cavalgadas épicas. Ainda assim, insuficiente para o colocar ao nível do que estes músicos têm feito nas suas outras bandas. (4.6/6)


Empress Of The Cold Stars (Perpetual Rage)
(2017, Inverse Records)
Bastante interessante este segundo álbum para os finlandeses Perpetual Rage que em Empress Of The Cold Star não se preocupam em inventar a roda, mas antes seguir as boas indicações deixadas pelos nomes icónicos dos anos 80. Sim, os Perpetual Rage aproveitam o que de melhor Dio, Iron Maiden, Saxon e afins tinham, injetam-lhe uma adequada dose de personalidade e eis uma coleção de dez temas de heavy metal tradicional, versátil, enérgico e com atitude. (5.0/6)


Towards The Mountains (Herc)
(2016, Independente)
Com um passado no power metal Herc decidiu enveredar por caminhos mais épicos e fantasiosos, sendo que Towards The Mountains é o seu mais recente registo. Um disco onde paisagens calmas, atmosféricas e acústicas são, por vezes, cortadas por descargas mais densas e obscuras. O mundo de Tolkien é a principal inspiração de Herc, embora musicalmente se aproxime muito dos Bathory, pelo menos nas suas fases menos agressivas. A influência black e pagan metal também se fazem notar, essencialmente ao nível das ambiências. No entanto, os dedelhados acústicos, partes sinfónicas e coros majestosos são as principais mais valias de um álbum que acaba por se tornar monótono fruto da sua longa extensão – cerca de duas horas. (5.3/6)


The Brainstorm Vol. II (Backflip)
(2017, Hellxis Records)
The Brainstorm é o disco que os Backflip apresentam em duas partes de seis temas cada. A primeira já saiu em 2016 e agora surge a segunda, mais uma vez captada nos Generator Music Studios com Miguel Marques ao comando. O quinteto luso, que aqui estreia o guitarrista Tiago Gonçalo que substitui Miguel Morais, evoluiu e mostra como fazer bom hardcore cheio de ganchos melódicos e vozes limpas conjugados com a sua habitual agressividade. Adequado para fãs de Comeback Kid, Rise Against, Terror ou Ignite. (4.2/6)


Lilith (Lamina)
(2017, Raging Planet)
Os Lâmina nasceram em Lisboa em 2013 com a intenção de fazerem stoner rock psicadélico influenciado por nomes como Acid King, Electric Wizard ou Sleep. O resultado do seu trajeto é um manifesto de ocultismo e psicadelismo retro na forma de Lilith. Uma rodela com sete temas que combinam as influências ácidas, ambientes psicadélicos, riffs stoner rock e um som, genericamente, obscuro oculto e doomy. (4.4/6)

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