Os
Houston passaram por uma fase algo turbulenta com alterações de line-up, mas, aparentemente, o bom tempo regressou ao coletivo sueco
que aproveitou o disco Relauch II,
onde apresentam seis versões e quatro originais, para mostrar que os novos
elementos estão perfeitamente inseridos no espírito Houston. O guitarrista
Calle Hammar guiou-nos por esta vigem ao passado mais recente do coletivo.
Viva Calle! Obrigado pelo teu tempo
despendido Via Nocturna! Tudo bem no seio dos Houston?
Sem problemas. Estamos muito bem! O último par de meses foi um
pouco turbulento devido à saída de Ricky, mas agora que começamos a ensaiar de
novo com um novo line-up esfomeado, é
claro que estamos fora de perigo...
Precisamente, os Houston estão de
volta com um novo álbum e, mais importante, algumas mudanças. Primeiro de tudo,
porque um álbum com seis covers?
Os Houston tinham lançado um álbum com o mesmo set-up (Relaunch) um pouco antes de eu entrar para a banda e obteve grandes
respostas em todo o mundo, por isso pensamos "por que não fazer isso de
novo?". Além disso, é muito divertido fazer essas homenagens às bandas e
artistas que tão profundamente respeitamos e admiramos. A nossa versão de Runaway de 1984 dos Dakota (do nosso
primeiro álbum Relaunch) foi
utilizada num vídeo da Red Bull e isso
fez renascer essa canção. Escusado será dizer que foi um grande negócio para
nós! A maior diferença para Relaunch II
é que optamos por fazer versões de algumas músicas mais recentes que tínhamos
ouvido recentemente na rádio.
E com dois duetos com Victor
Lundberg e Lizette Von Panajott. Como se proporcionaram essas experiências?
Victor Lundberg é um amigo meu há bastante tempo. Ele fez alguns
vocais na demo de On The Radio, que escrevi para Houston II e foi isso. O facto é que ele
é um grande teclista (para não mencionar que também é guitarrista) e foi a
escolha óbvia quando decidimos que precisávamos de algum reforço para a banda. A
respeito de Lizette Von Panajott terias que perguntar ao Ricky!
E também quatro músicas novas. Que
diferenças para o passado recente?
As três primeiras das nossas novas canções deste álbum são AOR direto que soam como as pessoas
esperam do som Houston. Ouvimos muitos álbuns do meio até ao fim da década de
oitenta (Hysteria, Slippery When Wet, Raised On Radio) enquanto compúnhamos estas
canções e acho que isso é visível no resultado final. A última e minha favorita
do álbum é Standing On The Moon. Essa
música representa uma versão mais moderna dos Houston (ainda assim a soar aos
anos 80). Sinto que sou um tipo tendencioso uma vez que não fiz nada nessa
música. Precisas confirmar se ainda não o fizeste!
E quanto às mudanças de line-up? Quem está actualmente nos
Houston?
Percebo que seja confuso... mas está seguro. Esta formação está
aqui para ficar! Os Houston são: Hank Erix (vocais), Soufian Ma'Aoui (Bass),
Calle Hammar (guitarra), Victor Lundberg (teclados) e Oscar Lundstrom (bateria)
Como foi o período de reformulação?
Houve uma boa integração dos novos membros?
Foi um processo muito longo. Eu entrei na banda em 2011, mas o Victor
e o Oscar não chegaram até o nosso baterista anterior, Freddie Allen, ter
decidido sair no final de 2013. Entretanto Victor já tinha feito alguns backing vocals em Houston II. É sempre complicado quando há mudanças tão grandes numa
banda, mas a química do novo line-up
é fantástica, portanto acho que o Hank e o Souf fizeram um bom trabalho de
integração dos elementos mais novos. (risos)
Recentemente estiveram no Rock Of Ages Festival na Alemanha com
grandes nomes do hard rock. Como correram
as coisas?
Rock Of Ages foi muito divertido! Eles tinham um grande line-up este ano, incluindo muitos dinossauros a quem olhamos para
cima (risos)! Agora a sério: assistir aos Kansas a tocar Carry On My Wayward Son e Fight
Fire With Fire no mesmo palco onde tocamos três horas antes é
verdadeiramente humilhante. Se bem me lembro, roubamos um sofá do camarim deles.
O que poderemos esperar dos Houston
nos próximos tempos?
Definitivamente estamos a esforçarmo-nos por obter um som mais
moderno no nosso próximo álbum. Estamos ansiosos por descobrir como pode soar e
o que posso dizer a partir das demos
feitas até agora é que vai ser muito bom. Mantendo sempre aquela vibe AOR que todos adoramos e temos
vindo a recuperar, mas com um toque de algo novo também. Estou convencido que
vai soar diferente de tudo que já ouviram... De uma forma boa!
Obrigado, Calle! Foi um prazer
conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores
ou para os vossos fãs?
Sim! Gostaria de, em nome de todos, enviar um sincero
agradecimento a todas as pessoas que se deslocam até aos concertos, compram a
nossa música, enviam e-mails gentis a
apoiar-nos em todos os sentidos. Vocês são uma enorme fonte de inspiração para
nós. Mantenham-se em sintonia e vamos continuar a fazer a melhor música que pudermos!
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