Review: Maldita (Mente) (Inkilina Sazabra)

Maldita (Mente) (Inkilina Sazabra)
(2014, Dicepeca Records)
(4.5/6)

Aquilo que começou como uma curiosa junção dos ritmos maquinais de Carlos Sobral com os poemas e voz de Pedro Sazabra cresceu de uma tal forma que já é um dos projetos mais interessantes do cenário nacional, atingindo já a marca do terceiro álbum. Maldita (Mente) tem muito do que eram os Inkilina Sazabra. A sua imagem de marca, portanto. Ritmos maquinais, letras fortes, pesadas e densas que ganham ainda mais vida pela forma também intensa como o seu autor as liberta de dentro de si, numa forma mista de spoken word e tentativa de cantar. Mas agora apresentam algo mais: a densidade rockeira acentuou-se e fortes riffs de guitarra surgem bem estruturados e equilibrados com a maquinaria e com os ritmos quase belicistas. Pelo menos na primeira metade do disco é bem notória esta nova abordagem. Maldita (Mente) é já apontado como o melhor álbum do coletivo. Poderá ser, embora haja ainda muito para descobrir dentro desta rodela maldita que não se esgota numas audições rápidas. Mas o que já é indesmentível é a evolução que os Inkilina têm tido de álbum para álbum desde o seu início. E o que também é indesmentível é a capacidade de o quarteto tem demonstrado para sucessivamente se ir reinventando sem ter, necessariamente, de cair na tentação de repetir a fórmula do sucesso. E isso mais uma vez isso fica provado em Maldita (Mente).

Tracklist:
1.      Maldita (Mente)
2.      Oiço Conselhos Demais
3.      Desejo Maldito
4.      Sê Maldito
5.      Aos Mortos
6.      Capitalista Animal
7.      Não Queiras Como Amigo
8.      Mesquinho
9.      Lado Negativo
10.  Psico
11.  Vejo a Tortura
12.  Ao Longe
13.  E Se For Amor?

Line-up:
César Palma – guitarras
Pedro Sazabra – vocais
Carlos Sobral – bateria
Paulo Dimal - teclados

Internet:

Edição: Dicepeca Records

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