Entrevista: Indica

Depois de terem atingido o estrelato no seu país natal, a Finlândia, as Indica chegaram à Nuclear Blast, começaram a cantar em inglês e conquistaram o mundo com o seu rock melódico e com apontamentos sinfónicos. Shine, como o nome indica, volta a fazer brilhar as cinco beldades nórdicas. A vocalista, violinista, guitarrista e principal compositora Jonsu falou a Via Nocturna.

Olá Jonsu! Obrigado pela tua disponibilidade! Novo álbum, quatro anos após a vossa estreia para a Nuclear Blast. Por que esse hiato?
Houve algumas razões para isso. 1) Problemas contratuais – o álbum já estava pronto há um ano; 2) Algumas dificuldades com a planificação porque o nosso produtor vive na Alemanha e a banda na Finlândia; 3) Eu queria tentar trabalhar sem quaisquer prazos limite. Não é comigo. Torno-me a criatura mais lenta na terra.

Chegaste a afirmar que o "nascimento" de Shine foi uma das situações mais difíceis que tiveste. Porquê?
Disse isso? O nascimento foi fácil, tive um sonho para a primeira música Mountain Made Of Stone e quando acordei a canção foi feita. Mas foi difícil por este álbum cá fora. Os maiores problemas começaram depois da composição estar terminada.

Desde que entraram na família Nuclear Blast começaram a cantar em Inglês. Foi/é uma tentativa de conquistar novos mercados?
Sim. Tivemos a oportunidade de viajar para o estrangeiro e conhecer novos ouvintes e nós dissemos sim a essa oferta imediatamente. Também quisemos permanecer fiéis aos nossos velhos ouvintes e fazer algum material em finlandês.

Daí a existência de uma versão de Shine na vossa língua nativa, certo? Foi uma tarefa fácil criar duas versões em dois idiomas?
Sim. Foi fácil. Estive um ano com o processo de escrita, portanto tinha pelo menos 365 novas histórias para contar.

Mas War Child não foi traduzida. Alguma razão especial?
Foi traduzida, mas de alguma forma, a versão finlandesa não funcionou como eu queria que funcionasse quando a cantei em estúdio, por isso ficou de fora.

Alteraste alguma coisa nos teus métodos de trabalho nos últimos quatro anos?
Não. O meu processo de escrita é o mesmo de sempre. Eu toco uma nota e sigo para onde quero ir e vou assim até que a música esteja terminada. Sinto que estou a ouvir mais do que a escrever quando componho.

De que forma Shine é diferente de A Way Away?
Mais brilhante e menor. A Way Away é dramático e melancólico e Shine é mais íntimo e mais feliz.

Têm algum convidado neste álbum?
Sim, tivemos alguns músicos convidados neste álbum. Podem conferir toda a lista na capa do álbum.

Shine foi gravado na Alemanha. Como foi todo o processo e a experiência? Foi a primeira vez que gravaram fora do vosso país?
Nós gravamos as orquestras de A Way Away em Londres e fizemos as edições de um par de singles para o álbum também na Alemanha. Gostei. Gosto de sair de minha casa quando é para gravar um álbum. Dessa forma posso concentrar-me melhor e as tarefas normais não me perturbam.

Foi por isso que surgiu uma música como Goodbye To Berlin?
Hmhh... Talvez. Deixando um lugar amas é o principal.

Já têm dois vídeos para este álbum…
Sim. Nós fizemos dois vídeos para a versão finlandesa do álbum Akvaario, Suunta On Vain Ylöspäin e Älä Kanna Pelkoa.

Têm alguma tour planeada para os próximos tempos?
Nesta altura estamos a fazer espetáculos na Finlândia.

Bem Jonsu, foi um prazer conversar contigo. Queres acrescentar mais alguma coisa para os nossos leitores ou para os vossos fãs?
O prazer foi meu. Obrigada pela agradável entrevista! Sim, espero que todos vocês tenham um verão maravilhoso e espero que tenhamos a oportunidade de passar o próximo inverno em Portugal porque a Finlândia é muito escura para mim no inverno.

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