Entrevista: Zack Williams and The Reformation


Blues, country, rock’n’roll e hard rock é a explosiva mistura que Zack Williams e os seus Reformation apresentam em A Southern Offering um disco que apenas chegou à Europa em 2010 mas já fazia furor nos Estados Unidos desde o ano anterior. No fundo, uma verdadeira pérola sulista no seu melhor. O mentor do projeto, Zack Wiiliams, falou-nos da atualidade da banda e do futuro próximo.


Parabéns pelo vosso novo álbum. Mas ainda antes de falarmos de A Southern Offering podes apresentar a banda e falar sobre as suas influências?
Claro! Sou eu, Zach Williams (vocais, guitarra acústica e harpa), Robby Rigsbee (slide guitar e guitarra solo), Josh Copeland (guitarras e vocais), Creed Slater (bateria e vocais) e Red Dorton (baixo e vocais). Quanto a influências, a maioria são influenciados pelas mesmas bandas (ZZ Top, Allman Brothers, Black Crowes, Lynyrd Skynyrd, The Band e Bad Company). Existem alguns elementos que são influenciados por alguns grupos mais modernos (Dawes, My Morning Jacket e Grace Potter).

Tu cresceste a ver o teu pai tocar em bandas de rock clássico e isso, definitivamente, deve ter-te influenciado?
Oh, claro! Eu sempre achei que meu pai foi muito bom e o mundo da música parecia-me muito divertido.

Sobre A Southern Offering, tu vês este álbum como um passo em frente em relação a Electric Revival?
Eu não diria que foi um passo em frente. E isto por dois motivos diferentes: 1º) porque pela primeira vez usamos um produtor, o que realmente ajudou a que as músicas ficassem mais bem conseguidas; 2º) porque foi um esforço do grupo, em que a maioria das canções foram escritas em conjunto.

Então, desta vez mudaram algo quer no processo de escrita quer de gravação?
Sim, como eu já disse recorremos a um produtor (Kevin Beamish), que nos levou para fora da nossa zona de conforto para gravar (Nashville, TN), quando era habitual gravarmos em Memphis TN. Além disso, o disco foi gravado quase todo em formato live.

Quando falas em produtor, falas no famoso Kevin Beamish (REO Speedwagon, Stevie Wonder, Elton John). Como produtor experiente que é, de que forma influenciou a maneira como o álbum soa?
O Kevin foi a primeira pessoa em quem eu pensei para a gravação. Ele gosta daquela vibração de gravar ao vivo e, por outro lado, também não gosta de gastar muito tempo nos takes, porque ele sente que o Rock ‘n’ Roll não é uma arte perfeita.

Então, como descreverias A Southern Offering?
Eu o descreveria como um disco de Rock ‘n’ Soul, com um toque de country. Ele tem tudo que um fan de Rock ‘n’ Roll gosta: guitarras altas, groove, sexo e simpatia.

Já referiste que este álbum foi gravado ao vivo em estúdio. Podes falar um pouco dessa experiência?
Eu acho que gravar ao vivo em estúdio é a única maneira de se fazerem as coisas. Mas atenção: tens que dominar o jogo! Nós fizemos as gravações depois de uma breve tournée pelo Japão portanto conhecíamos o material realmente bem. Eu sinto que o resultado é muito mais coeso quando se faz desta maneira.

Corrige-me se estiver errado: o álbum teve um lançamento digital na Europa em abril, mas já tinha sido gravado no ano passado, certo? Eu considero isso um desperdício de tempo para os europeus conhecerem uma das bandas mais interessantes dos EUA. Por que esse hiato?
Bem, na realidade é um completo desperdício de tempo mas que no nosso caso era inevitável... Simplesmente porque não temos dinheiro (risos). Nós somos uma banda completamente independente, por isso não temos qualquer etiqueta a adiantar-nos dinheiro.

Desta vez, quem participou como convidado no álbum?
Na verdade, neste álbum não tivemos muitos convidados. Apenas a esposa do Kevin Beamsih faz os coros em algumas músicas.

E agora irão em tournée em junho, certo?
Sim, iremos em maio/junho e estou ansioso por isso.

E agora, já estão a preparar um novo álbum?
Até agora tem sido mais calmo, mas a partir do ano novo começámos a preparar a tournée e a escrever para o nosso próximo álbum. Também estamos a planear lançar uma série bootleg da nossa tournée europeia do ano passado.

Finalmente, queres acrescentar alguma coisa que não tenha sido abordada?
Apenas queremos agradecer a todos os nossos amigos europeus, uma vez que sem o seu apoio, nós não poderíamos chegar onde chegámos. Agradeço do fundo dos nossos corações!

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