Entrevista - Drype

Oriundos de Ermesinde, os Drype são um trio de rock alternativo que apresenta como cartão-de-visita um EP de 4 temas onde a qualidade e o bom gosto marcam pontos. Marcos Levy, um dos elementos fundadores apresenta-nos o colectivo, o seu trabalho e os objectivos futuros.

Podes explicar-nos como nasceram os Drype?
Os Drype nasceram após o fim de um projecto Grunge, surgindo com o nome provisório de Infectious Greed. Eu tocava baixo na banda juntamente com o Pedro Eloi na bateria e quando a banda acabou decidimos então formar um projecto de Rock Alternativo, tendo eu passado de baixista para guitarrista, vocalista e pianista. Para preencher o lugar vago Aires Meneses ingressou na banda como baixista e a banda tinha ainda um 4º elemento que tocava connosco desde o nosso primeiro projecto, mas que mais tarde viria a abandonar a banda.

Portanto, antes de Drype existiram os Infectious Greed. Houve algum motivo especial para a mudança de nome? Essa mudança esteve associada a alguma alteração na linha musical seguida?
A mudança de nome deveu-se ao sentimento geral da banda de que o nome não se enquadrava com o que nós pretendiamos, sentimos que era demasiado negativo e grande, portanto decidimos optar por uma maratona de escolha de um novo nome que durou bastante tempo, e no final ficamos com um nome pequeno, sem significado e que representa bem o estilo da banda, que era exactamente o pretendido. A linha musical permaneceu a mesma, com a simples mudança de que estamos muito mais maduros musicalmente desde os tempos dos Infectious Greed.

Quais os objectivos que se propõem atingir com a edição deste EP?
Este EP é a rampa de lançamento dos Drype, o objectivo é o de conseguir trazer novos ouvintes e fans à banda e de fazer com que o nome Drype se familiarize. O objectivo principal é tentar chegar ao máximo de pessoas possível.

Quais são as vossas principais influências?
Cada membro da banda tem as suas próprias influências e no fim é esse Melting Pot que resulta no som próprio dos Drype, mas para mim, como compositor tenho bastantes influências de bandas como Muse, Rage Against The Machine e Nirvana por exemplo.

Quando o Ricardo Gomes saiu e se transformaram num trio, qual era o ponto de situação em relação à gravação do vosso EP? De alguma forma, essa saída influenciou o resultado final?
Quando o Ricardo Gomes abandonou a banda nós já tinhamos a gravação do EP concluida, portanto não influenciou o resultado final do mesmo. A transição de quarteto para trio não teve um efeito negativo na banda, pelo contrário, penso que numa banda com o formato trio os membros têm de dar ainda mais de sí, o que tornou este processo entusiasmante principalmente para mim que assumo agora a função de guitarrista sozinho.

Entretanto o Imagem do Som escolheu-vos para abrir a sua rubrica Novas Bandas. Como receberam a notícia e que efeitos teve essa escolha ao nível de abertura de novas oportunidades?
Foi uma surpresa bastante agradavél de sermos os primeiros escolhidos para uma iniciativa deste género! As bandas que se estão a tentar cimentar neste meio precisam de todos os apoios possiveis. Tivemos uma sessão fotografica no HardClub e vamos ter ainda brevemente uma sessão em estúdio e concertos em colaboração com a Imagem do Som.

E mais recentemente estiveram em destaque no Dark Compass PodCast com o tema Juggernaut. Que impacto teve essa experiência na vida dos Drype?
Outra surpresa também bastante agradável! Ouvir o nome da banda nunca soou tão bem como quando dita pelo locutor britânico do Dark Compass. As suas criticas positivas tecidas foram um bom aumento de confiança para nós para continuarmos a acreditar que o nosso objectivo se pode concretizar.

Como decorreu o processo de escrita e gravação deste EP?
Foi um processo bastante longo para quatro músicas. Como gravamos o EP no estúdio do meu pai não tinhamos toda a disponiblidade para a gravação e portanto isso acabou por atrasar muito o trabalho de estúdio, o que por um lado se tornou num ponto positivo porque tivemos bastante tempo para melhorar as músicas em todos os aspectos. Estes quatro temas foram escritos ao longo dos ensaios e devaneios. Por exemplo… o riff da Discardable People nasceu no meio da rua, comigo a caminho da escola a cantar para o telemóvel de uma forma discreta para que ninguém me achasse maluco; já o riff da Awakening foi criado quando era baixista dos N’cript.
Como está a ser o feedback dos fãs e imprensa ao vosso lançamento?
O feedback dos fãs e imprensa é óptimo, temos sempre boas críticas, como por exemplo no myspace, e espero que assim continue! É sempre óptimo ter o trabalho duro a ser reconhecido.

Para quando a apresentação de um trabalho em longa duração?
O primeiro trabalho em longa duração dos Drype irá ser concretizado quando se reunirem todas as condições necessárias para que seja um grande állbum de estreia, e infelizmente ainda não estão reunidas.

E outros projectos que vocês tenham em mente para um futuro mais ou menos próximo, que nos podem adiantar?
Vamos extender os Drype para uma versão acústica, iremos gravar muito brevemente alguns dos nossos temas nesse formato e postar os videos no nosso myspace e youtube. Entretanto continuaremos a dar concertos!

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